Vinicius Torres Freire | O que fazer com o seu dinheiro

Por 21 de junho de 2017Jornal da Gazeta

Daqui a alguns dias, vamos chegar à metade do ano. Para quem quer tomar alguma decisão importante com dinheiro, o que pensar da economia até o final deste 2017? Estamos falando aqui de comprar casa, carro, investir mais no negócio, fazer qualquer despesa grande, como uma viagem para fora do país. De janeiro a abril, a economia cresceu um pouquinho em relação ao final do ano passado. Em maio, deve ter crescido de novo. É quase nada, mas antes vinha caindo mais de 3% ao ano. Como a bagunça suja na política está grande, não sabemos bem o que vai ser daqui até o final do ano. Por ora, o chute mais bem informado é que vamos ficar na mesma, nos arrastando no fundo do poço.
E daí?
Primeira conclusão, as taxas de juros ainda vão continuar caindo. Então, para quem pensa em financiar bens caros, de casa até carro, pode ser o caso de esperar taxas melhores.
Como andam os preços de imóveis? Em termos reais, na média, continuam caindo, pelo menos no caso dos usados. Quer dizer, o preço dos imóveis sobe menos que a inflação. Logo, perdem valor. Isso não vai mudar até o final do ano.
Para que pensa em guardar dinheiro a médio e longo prazo, mais de dois anos, ainda está bom de entrar no Tesouro Direto. Os juros de curto prazo vão cair, mas todas as taxas de longo prazo ainda estão altas. É possível pegar uma taxa de alta rentabilidade, garantida por muitas décadas, se você deixar o dinheiro lá parado no Tesouro Direto.Então, com a economia ainda estagnada e juros altos, gastos extras em princípio deveriam estar fora de questão.
O risco de desemprego deve diminuir um pouco, de agora em diante.
Isso não quer dizer que o número de empregos vá aumentar. Deve ficar na mesma do ano passado. Para de piorar, mas não melhora.
Portanto, a renda total das pessoas que trabalham vai subir pouco ou quase nada. Ou seja, para quem tem pequeno comércio ou negócio, as vendas na média não devem subir quase nada. Assim, é difícil justificar um gasto na ampliação do negócio.
Mesmo para quem sente que o clima de desastre passou, a hora ainda é de cautela. Esperar até o Natal para ver como é que fica.

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