Bob Fernandes / O Brasil se suicidando…e segue a Farsa…

Por 31 de julho de 2017Jornal da Gazeta

O Brasil segue se suicidando. Ou sendo suicidado. Há um ano, em nome do combate à corrupção, corruptos tomaram o Poder. Foi, como se viu, se vê e se vive, uma Farsa.

Não se duvide das boas intenções de muitos que à época manifestaram. Mas não se duvide, também, da ingenuidade. E da hipocrisia e cinismo.

Resta agora ressentimento, perplexidade, desencanto… E silêncio. Por constrangimento, vergonha, ou cumplicidade.

Na quarta-feira, 2, a Câmara tem denúncia para julgar, contra Temer. Que, para tentar salvar-se, só com deputados e emendas já torrou R$ 4 bilhões.

Seguem manchetes e comemorações sobre Lava Jato e combate à corrupção -a passada. E seguem governo e ministros – do presente – atolados em denúncias de corrupção.

Um ano depois do impeachment, três anos de Lava Jato, e o procurador Carlos Fernando, candidamente, admite e diz:

-Muitos queriam o fim do governo Dilma, e não da corrupção…

…Isso enquanto a Polícia Federal cobra: falhas nas delações da Odebrecht, acordo esse feito por procuradores, dificultam a obtenção de provas.

Provas têm sido vistas como mero detalhe. À Folha o juiz Moro defendeu o uso de “provas indiretas” no caso Lula. Leia-se: condenação sem a existência de prova cabal.

Isso enquanto o silêncio vai enterrando notícia cabal: quatro meses depois de já ser ministro da Fazenda, Meirelles recebeu R$ 50 milhões em contas no exterior.

Parte disso pagos por Joesley Batista.Temer, Chefe de Meirelles, diz que Joesley é “bandido notório”. Joesley diz que Temer é Chefe de “organização criminosa”.

E segue o silêncio… Porque o tal “Mercado”, suas vozes, porta-vozes e manchetes não querem riscos para o dinheiro grande.

Só 10 das empresas citadas na Lava Jato demitiram mais de 600 mil funcionários ou terceirizados. Na chamada “cadeia de petróleo e gás” sumiram 3 milhões de empregos…

…Mas qualquer observação a respeito será vista como “oposição à Lava Jato”.

Os que tomaram o Poder precisam mantê-lo, a a qualquer custo, após 2018. Eleição ainda sem regras. E sem projeto algum para o país, que segue sendo suicidado.

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